terça-feira, abril 26, 2005

Esquecimento, Lembranças, Recordações...

Quando decidi criar este blog, fi-lo apenas para desabafar com todos vocês, algumas considerações, alguns pensamentos e acima de tudo, alguns sentimentos.
Partilhei, embora escondidos por detrás de palavras agradáveis, sentimentos de tristeza, ódio e alguma dor, e apesar de haverem sentimentos bem mais positivos para partilhar, não me sinto arrependido de o ter feito.
Para aqueles que ainda se recordam dos primeiros textos que publiquei, não deve ser desconhecido o facto de ter perdido alguém que amei, que amo, e que não sei se algum dia deixarei de amar.
Pois é, e eu que achava que amar alguém na adolescência(com apenas 16anos) era um facto impossível...só agora vejo, só agora percebo o quão errado estava. Lamento só ter conseguido acreditar ao fim de me acontecer a mim.
Ao dizer isto, quero também deixar claro que apesar de ter consciência da existência desta realidade, não acredito que todas as frases começadas por "Amo-te..."(entre algumas outras) escritas nos tampos das mesas das salas de aula, e nas diversas paredes da escola, tal como o "mar de curtes" que hoje se vivem, sejam realmente verdadeiras...
Posso estar plenamente enganado, mas na grande maioria das vezes essas frases mostram-nos precisamente a falta de maturidade que hoje em dia é tão evidente nos jovens.
Com as mudanças que se estão a operar na sociedade, neste sentido, lamento que amor e atracção sejam duas palavras tomadas como sinónimos, lamento muito mesmo!
Mas, indo de encontro ao titulo deste texto, hoje tenho para partilhar com todos vós a saudade que me tem invadido nos ultimos tempos.
Sabia que não ia ser fácil ultrapassar o amor que sentia, quando perdi para sempre a pessoa que amava, e que no fim do ódio(ou talvez raiva) ter perdido o lugar no meu coração, descubri que afinal, continuo a amar. Sabia de tudo isso, mas nunca me passou pela cabeça que surgissem tantos e tão frequentes momentos em que a dor e a saudade me invadissem de forma tão intensa.
Nestes momentos, reina realmente a saudade e a dor que ela provoca, reinam as recordações e as lembranças de tudo o que foi vivido em conjunto.
Surge também, e inevitavelmente a frustação...
Caso para dizer: "Solidão não é estar sozinho, é estar entre 1000 pessoas e sentir a falta de uma única, a pessoa que amamos!".

Vale a pena pensar nisto!

Bruno Pinheiro

terça-feira, abril 19, 2005

Foi por ele que esperámos? Foi com ele que sonhámos?

Ele apenas ataca o Rock, o Pop e é reservado em relação à ópera...

Eis, realmente, o renovador que o mundo católico há muito ambicionava!Posted by Hello

Igreja, que futuro...???

No dia em que foi eleito o novo chefe da Igreja Católica, não quis deixar de fazer um breve comentário a este acontecimento.
Como católico que sou, lamento que mais uma vez, a Igreja se tenha recusado a fazer as mudanças que o tempo, e a sociedade têm vindo a reivindicar.
Pergunto a mim mesmo se não haverá no meio de todo aquele luxo e opulência uma alma caridosa que alerte aquelas criaturas, que já lá vai o tempo em que eram as pessoas que se tinham a todo o custo de se moldar à Igreja.
Nos dias que correm a sociedade a cada dia dá uma passo muito grande, as mentalidades mudam, e é importante o papel da religião nesse sentido. Pelo que, se a sociedade se sentir marginalizada, de certa forma pelo desprezo que a Igreja, a cada momento, dá às nobres causas e batalhas pelas quais a sociedade tem vindo a lutar, rapidamente o futuro desta Igreja, que insiste em massacrar-nos com tradições que há muito perderam o sentido, ficará comprometido!



Please, THINK DIFFERENT!


Bruno Pinheiro

sexta-feira, abril 15, 2005


Posted by Hello

quarta-feira, abril 06, 2005

Distância

De entre os não muitos textos deste blog, talvez este tenha sido um dos mais difícil de escrever.
Embora os temas aqui publicados suscitem quase todos eles uma forte divergência de opiniões, este é particularmente especial nesse sentido.
Estou certo que muitos daqueles que lerem este texto, vão achar as minhas palavras demasiado exageradas, e muitos serão aqueles que me irão denominar de fatalista, ou de qualquer outro nome que venha à cabeça na altura. Peço apenas compreensão!

Comparo frequentemente distância a um bicho que consome parte de nós a cada dia. Afinal de contas, haverá algum ser no universo que nunca tenha sentido a dor provocada pela distância???
Há momentos em que este bicho fica por detrás de nós, e embora esteja sempre a alimentar-se das nossas energias, permite-nos alguns momentos agradáveis.
Mas surgem também aqueles momentos em que o terrível bicho ganha força e consome todas as nossas resistências, e embora estejamos numa luta constante com ele, luta essa que poucas vezes conseguimos vencer, o bicho consegue marcar tudo aquilo que se prende à nossa maneira de ser, estar e agir.
Apesar de ser possível eliminá-lo, esquecê-lo ou até mesmo ignorá-lo é praticamente impossível.
Muitas comparações podem ser efectuadas, mas nenhuma delas consegue descrever a dor sentida.
Certamente que no decorrer da leitura deste texto, já se devem ter perguntado: “Não haverá casos em que a distância é útil para nós?” Claro que sim, mas a distância a que me refiro, é aquela que nos separa daqueles que amamos, e essa na grande maioria das pessoas provoca a imensa dor que vos tento descrever.
Já agora, vale a pena pensar nisto!
Bruno Pinheiro