terça-feira, abril 19, 2005

Igreja, que futuro...???

No dia em que foi eleito o novo chefe da Igreja Católica, não quis deixar de fazer um breve comentário a este acontecimento.
Como católico que sou, lamento que mais uma vez, a Igreja se tenha recusado a fazer as mudanças que o tempo, e a sociedade têm vindo a reivindicar.
Pergunto a mim mesmo se não haverá no meio de todo aquele luxo e opulência uma alma caridosa que alerte aquelas criaturas, que já lá vai o tempo em que eram as pessoas que se tinham a todo o custo de se moldar à Igreja.
Nos dias que correm a sociedade a cada dia dá uma passo muito grande, as mentalidades mudam, e é importante o papel da religião nesse sentido. Pelo que, se a sociedade se sentir marginalizada, de certa forma pelo desprezo que a Igreja, a cada momento, dá às nobres causas e batalhas pelas quais a sociedade tem vindo a lutar, rapidamente o futuro desta Igreja, que insiste em massacrar-nos com tradições que há muito perderam o sentido, ficará comprometido!



Please, THINK DIFFERENT!


Bruno Pinheiro

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois foi...esperámos, sonhámos e agora aqui temos, um novo Papa.
Nunca pensei que a decisão fosse tao rápida, depois de todo o trabalho feito pelo Papa Joao paulo II, um bom trabalho, esperava que todos aqueles senhores demorassem muito tempo a decidir qual deles iria dar continuidade a tal tarefa. Parece-me que aquele senhor que ontem nos apareceu à janela, tem tudo menos cara de Pai Natal, bondoso e tudo o mais, este senhor vai dar muito trabalho.Tem ideias bastante conservadoras, a nossa sociedade nao vai gostar, depois é um senhor já com uma idade avançada...esperemos que ele abra os seus horizontes, caso contrário todos os que se aproximaram da Igreja nos ultimos tempos, graças a João Paulo II, vao dar um passo atrás.

quarta-feira, 20 abril, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Só hoje, dia em que Bento XVI foi entronizado, é que resolvi comentar este teu artigo porque não quis precipitar-me, daí que preferi esperar um pouco.
Confesso que a minha primeira reacção também foi de enorme frustração. No geral, concordo com a tua opinião e com a da Tânia. Se havia Cardeal do qual se conhecia o seu pensamento, era este. Sabemos que é conservador e que tudo aquilo que tinhamos esperança que fosse possível mudar com o novo Papa, temos quase a certeza que ainda não será com Bento XVI. E quando falo em mudanças refiro-me essencialmente à possibilidade do sacerdócio das mulheres (com tanta falta de vocações surpreende-me que se prefira deixar paróquias ao abandono, sem pastor, a aceitar uma solução, que em meu entender, acabaria com este drama com toda a facilidade. Depois, o celibáto do clero (não é aceite porque o clero tem de se concentrar nas coisas de Deus, deduzo que só assim exercerão dignamente o seu serviço -mas pergunto- quererá isso dizer que um casado não será capaz de exercer condignamente as tarefas que lhe forem confiadas, seja em que profissão for?)
No entanto, confesso que depois do que tenho visto e ouvido nos últimos dias, nasce em mim uma certa esperança de que as coisas não sejem assim tão lineares, e que este Papa consiga, agora que ocupa o trono de S.Pedro, ter capacidade para colocar um pouco de lado o seu modo de pensar e consiga ter a percepção daquilo que realmente interessa fazer para evitar que a igreja se afunde, procurando antes que esta se renove e consiga ser foco de luz num momento em que o mundo tanto precisa dela. Numa altura em que vivemos uma crise de Valores, em que os jovens precisam imenso de orientação e de quem os ajude a caminhar, não seria bom para a igreja nem para o mundo que ela não tivesse capacidade para responder às exigências e aos desafios que constantemente lhe são lançados.

domingo, 24 abril, 2005  

Enviar um comentário

<< Home